9.5.07

algumas idas e vindas...

Algumas idas e vindas, o rebolado da vida... acho que começo a pegar o macete dessa coisa, embora ainda fique confuso. Eu falo também de sexo. Digo isso lembrando da última trepada antes desta triste estiagem, Hibari viajando e Hanna não querendo me ver nem pintado de amarelo com bolinhas roxas... bem, ao caso: a menina era novinha, coisa de uns 19 anos, foi conquistada mediante negociação, ela mercadejou seus carinhos... a parte mais tensa do acordo comercial foi a liberação da camisinha no felácio, barreira vencida depois de eu bater na mesa e ameaçar abandonar o diálogo. Eu mandava ela percorrer a circunferência da glande com a língua, usar um pouco os dentes, de forma leve, mas presente... e sugar vez em quando girando macio a cabeça de um lado para o outro. Enquanto eu orientava a sensível manobra pensava também no sentido disso tudo, na razão das coisas. Hibari tentou colocar na minha cabeça que tinha algo sagrado no ato sexual, era como um ritual, o sal grosso usado nos cantos do motel na nossa primeira noite tem a ver com isso. Mas eu ainda relutava... A natureza quando escolheu a putaria como forma de procriação teve de tornar tudo mais agradável e criou o prazer que foi devidamente aperfeiçoado e cultuado pela nossa espécie. Trepar é o grande elo entre a modernidade e a antiguidade, perseguindo minhas ninfas é que me sinto perto dos grande comelões do passado. Nada mais universal que o sexo, nada capaz de atrair tanto os povos, para além do bem e do mal (meu deus, estou fazendo discurso, um fascista lascivo? preocupante...). Era Gilberto Freire quem dizia que os portugueses iam gostosamente se misturando com as índias? Acho que era. Como brasileiro nasci de uma grande orgia, o que é por si motivo de um ufanismo idiota, mas presente - já tenho as feministas e a galera do arco-íris contra mim, será que vou atrair também o movimento negro?. Mas, por outra, ainda me questionava do aspecto selvagem disso tudo, ou seja, enquanto eu dava ordens para acelerar e suavizar a língua no meu pau, pensava seriamente no que eu fazia ali e por que eu fazia aquilo... deve ser o que todo grande estudioso vive pensando sem, obviamente, ter uma ninfetinha safada entre as pernas, mesmo que paga - esses caras não têm tempo para tanto. Isso me preocupou, porque estas implicações antropológicas nada tinham a ver com meu cotidianozinho medíocre e devasso. Daí veio a preocupação pela preocupação. O pau ignorava tais imperiosas celeumas e mantinha-se firme no propósito depositado nele, estava duro como pedra, quando os cacetes se preocupam com o curso da história percebe-se que chegou a hora da pílula azul. Eu não premeditei manter meu pinto na ignorância, mas estava feliz de sua obtusidade. Parei de dar ordens à menina, passei a olhar para o quarto, reparar nos móveis, nela... Ela parou, tirou um pentelho da boca e perguntou se tava tudo legal comigo. Abri o jogo pra ela, falei tudo, fiz a genealogia das trepadas, comparei manuais sexuais de várias épocas, enfim, enchi a cabeça da menina peladão e de pau duro. Ela me cortou no meio do palestra, encapou minha pica, subiu em cima da minha barriga, e me disse que era melhor deixar então que os dois se entendessem, pegou a ponta, direcionou na grutinha, e sentou encaixando bem gostoso, macio, depois tapou minha boca e me cavalgou robustamente, eu quase relinchei. Quando acabou ela pousou a cabeça no meu ombro, acendeu um cigarro e me perguntou sobre o que eu estava falando mesmo? Naquela hora juro que eu nem lembrava mais. Mas agora, semanas depois, me ocorre outra coisa, se eu tivesse neste instante que escrevo 150 reais no bolso não estaria nessa fossa toda, tentando colocar pingos nos is (juro que não é plágio, Nilo Oliveira) e suprimindo os pontos finais...


(trecho de "HH, uma novelinha escorada" )

11 Comments:

Blogger KARINA ZARPELLON said...

Fiquei muito tempo aqui no meu trabalho lendo seu blog de cima a baixo e de baixo a cima. Só digo que valeu esse amontoado de coisas que acumularam aqui por isso.

Beijos, Karinamovich.

6:49 AM  
Anonymous Anônimo said...

meu querido Bandit... só naum gozei pq eu estou numa LH, adorei o texto... putz... bem que Hibari e eu poderíamos ser as mesmas pessoas... emprestaria meu corpo a ela e ela me emprestaria o dela e faríamos uma troca de corpos, mas sem inverter os papéis... seria demais!
a ninfa dentro de mim está adormecida e agora lendo esse texto ela começa a despertar... hihihihi

bjoooooooooo

7:23 AM  
Anonymous Anônimo said...

meu querido Bandit... só naum gozei pq eu estou numa LH, adorei o texto... putz... bem que Hibari e eu poderíamos ser as mesmas pessoas... emprestaria meu corpo a ela e ela me emprestaria o dela e faríamos uma troca de corpos, mas sem inverter os papéis... seria demais!
a ninfa dentro de mim está adormecida e agora lendo esse texto ela começa a despertar... hihihihi

bjoooooooooo

7:23 AM  
Anonymous Anônimo said...

cidadão instigado :)

1:52 PM  
Blogger Julio Cesar Corrêa said...

Sexo é a forma do demo nos recompensar, por tudo que Deus nos proíbe. Estou plageando a mim mesmo.
gd ab

2:38 PM  
Anonymous Anônimo said...

Te amo e te odeio, moleque!

5:13 PM  
Blogger Alyni Costa said...

Fiquei boba com a atmosfera que vc criou. Eu parei alguns minutos depois de ler o texto. Fiquei encantada!
Às vezes eu me questiono até que ponto devemos pensar na vida.
Um beijão.

5:51 PM  
Anonymous Anônimo said...

uau! acho que você acabou de me viciar em seus textos!
que bom é aqui...
você escreve muito bem!

hm... meu estilo é bem diferente do seu, mas gosto muito de ler as coisas que você escreve.
hm... atualizei o meu.
ok?
beijos.
até.
=*

6:01 PM  
Blogger Sara said...

"algumas idas e vindas..." rsrs.Bom, fiquei cansada de postar no meu blog.Enche o saco tu viajar naquele treco e os comentário tão evasivos.Você tem a fórmula(axoq é isso) de escrever o que as pessoas querem ler, satisfação.Os escritores não precisam mais se preocupar com os toda uma moral, aloprar é o novo dicionário.E eu acho que na sua devacidade, sabe muito bem satisfazer a cede dos pobres leitores.Adorei essa parte da história, me satisfez.Nossa, vou me recompor. rsrsrs

6:47 AM  
Anonymous Anônimo said...

fiz algo pra vc lá no meu blog... dá uma olhada.

bjoooo

10:27 AM  
Blogger Lena said...

Bela descrição do felácio... Deu pra imaginar a cena. Boas figuras de liguagem, o grotesco e o sutil duelam elegantemente. Gostei!

10:30 AM  

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